quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
De Clóvis para Amélia será lançado hoje em Sobral
O livro De Clóvis para Amélia: Correspondência inédita do jurista Clóvis Bevilaqua para sua mulher, a escritora Amélia de Freitas Bevilaqua será lançado hoje (14/12), às 19 horas, no Auditório Central da UVA.
O Reitor da UVA e a Diretoria da Academia Sobralense convidam.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Jornal O Povo de 9/12/11 - Amor, eterno amor
Em De Clóvis para Amélia, o escritor José Luís Lira publica cartas inéditas de Clóvis Bevilaqua para sua esposa. O livro é lançado hoje, 9, na Academia Cearense de Letras
(Reprodução)
Reunidas em De Clóvis para Amélia, com lançamento hoje, 9, na Academia Cearense de Letras, a partir das 18h30min, as cartas foram organizadas pelo escritor e advogado José Luís Lira.
Os noivos se conheceram nas praias do Recife de forma inusitada: Clóvis salvou Amélia de um afogamento. Se foi paixão a primeira vista, não se sabe, mas o amor, que teve seus pormenores eternizados nas correspondências, durou para sempre. As cartas foram escritas entre maio de 1882 e agosto de 1891, mas em sua maioria, os escritos são de um período que compreende poucos meses antes de o casal unir-se em matrimônio, em 5 de maio de 1883.
As cartas estavam aos cuidados de Cecília Bevilaqua, neta do casal, e foi José Luís Lira saber de sua existência para já imaginá-las em livro. “Quando encontrei as cartas, me surpreendi pela beleza e pelo conteúdo. Deparei-me com um exímio desenhista, com poesias em forma de cartas”, relembra e continua, explicando como convenceu as herdeiras a publicar as cartas: “O conhecimento do público deste material ajudaria mais ainda a manter viva a memória de Clóvis e retratar seu amor por Amélia, conhecido por poucos”.
Um problema que o escritor encontrou foi o fato de só haver cartas escritas por Clóvis, e as de Amélia, que também era escritora e postulou sem êxito uma vaga na Academia Brasileira de Letras, terem se perdido. “Penso que ela eliminou as suas próprias cartas, recomendação que ele fez a ela também e, para sorte nossa, ela não atendeu”, acredita José Lira. Em certos trechos, Clóvis faz claras menções e até repete partes das cartas de Amélia. Ao contrário do que se podia pensar, a falta das cartas de Amélia, longe de ser um demérito a obra, faz com que o leitor tenha sua imaginação aguçada.
Além das cartas, o livro traz ainda breves biografias dos dois, matérias de jornais quando da morte de Clóvis em 1944, uma carta de filha Vellêda de Freitas Bevilaqua dias após o falecimento do pai, fotografias da família e desenhos feitos por Clóvis.
Em fac-símiles, as cartas são impressas ao lado de suas transcrições, cujo português foi atualizado e trechos em francês, inglês e latim traduzidos em notas de rodapé. Por vezes, Clóvis declara serem as cartas sua única alegria. “Eu não tenho outro prazer senão escrever-lhe e ler cartas suas”, diz. Em outro, declara seu amor: “E eu amo esse estado de meu espírito me faz restringir meu mundo quase exclusivamente a você”.
Clóvis fala da vida em Recife, da casa bagunçada que dividia com o amigo, e, surpreendentemente, do desgosto com o curso na faculdade que estava prestes terminar. “Embora o meu pouco apego aos livros de direito, digo mal, embora o meu nenhum gosto e a minha absoluta inaplicação em relação ao estudo das matérias em que, em poucos dias a Faculdade me conferirá um diploma de habilitação, embora isso, digo, estimei consideravelmente a reabertura das aulas”, escreve após uma greve.
A última carta (sem data, mas que José Lira, analisando a letra mais arredondada de Clóvis, acredita que seja após o casamento) fala de um amor eterno. Dirigida a “doce Amélia”, que morreu dois anos após sua morte, Clóvis escreve: “Feliz serei se acreditares na verdade do que deixo escrito e que sempre, viva ou morta, me possuirás a alma de tal forma que eu jamais saberei se no mundo há mulher”.
Domitila Andrade
Diário do Nordeste, 9/12/11 - Lançamento: ´À minha doce Amélia...´
Livro reúne cartas inéditas do jurista Clóvis Bevilaqua para sua mulher, a escritora Amélia Carolina. A obra mostra outro lado da personalidade do intelectual cearense
Muito se fala do talento de jurista do cearense Clóvis Bevilaqua (1859 - 1944). O autor do projeto do Código Civil brasileiro, escrito em 1899 e promulgado apenas em 1916, foi um intelectual dedicado, cuja obra não se deixou erodir facilmente pelo tempo.
Contudo, a maioria desconhece a personalidade romântica do jurista, o amor que devotou a sua esposa, a escritora Amélia Carolina de Freitas Bevilaqua. Clóvis a tinha como musa inspiradora, seu mundo, sua base e seu tudo. À ela escreveu diversas cartas. Numa delas fez uma confissão marcada pelo lirismo: "eu não tenho outro prazer senão escrever-lhe e ler cartas suas!".
É desse amor que transborda das linhas das velhas missivas, resistente a voracidade do tempo, que o professor e presidente da Academia Sobralense de Estudos e Letras (Asel), José Luís Lira, se dedicou para a produção do livro "De Clóvis para Amélia", que será lançado hoje às 18h30, na sede da Academia Cearense de Letras (ACL).
A obra traz nove cartas inéditas do jurista cearense para sua esposa, algumas delas contém mais de 16 páginas. Há também três depoimentos, dentre os quais se destaca a emocionante homenagem feita pela filha Vellêda, após a morte do pai.
Processo
Segundo a pesquisa que deu origem ao livro começou acidentalmente, quando um amigo realizava um documentário sobre Bevilaqua e descobriu suas cartas de amor para a esposa. "Sempre fui um admirador da obra dele, desde a época da faculdade Direito. Quando meu amigo contou sobre as cartas, não pensei duas vezes: sabia que tinha diante de mim um material inédito e revelador sobre Clóvis".
Após o contato inicial com a neta do jurista, Maria Teresa, o professor viajou ao Rio de Janeiro e lá teve contato com a responsável pelo acervo, Maria Cecília, outra neta de Bevilaqua. "No dia 8 de setembro deste ano, encontrei-me com elas. Vi e fotografei todo o material. Lembro que não dormi naquela noite, fiquei acordado lendo as correspondências. Embora tenha me surpreendido em saber da existência das cartas, não foi surpresa a vívida declaração de amor, pois quando quis levar sua mulher para a Academia Brasileira de Letras, e esta vetou sua candidatura, por ser mulher, Clóvis se afastou da instituição. Amélia era a vida dele", ressalta.
As cartas foram escritas entre maio de 1882 e agosto de 1891. A grafia dos textos estão repletas de costumes e expressões da época. Lira conta que, apesar de ter sido feita a atualização para o português atual, algumas palavras necessitam de consulta para um entendimento completo. As palavras que caíram em desuso apresentam em notas indicações sinonímicas no livro; as que estão em outros idiomas foram traduzidas.
"Na maioria das cartas aqui transcritas, Clóvis e Amélia ainda não eram casados. Era uma forma de namorar (por carta), visto que Clóvis era estudante em Recife e ela morava em São Luís, no Maranhão. Em outras, já eram casados, e compunham uma espécie de álbum em comemoração ao aniversário dela", explica o organizador.
O professor comenta que foi Amélia que guardou estas cartas e que talvez ela tenha destruído as que escreveu. "Espero que eu esteja errado quanto ao destino das cartas de Amélia e que um dia outro pesquisador encontre-as e faça uma publicação. No mundo da pesquisa, tudo é possível", diz.
Em algumas correspondências, Lira tece pequenos comentários para melhor compreensão do leitor, junto a apresentação de breves biografias do jurista e sua esposa. O livro, moldado numa bela edição, onde cada detalhe faz referência à ideia de carta, é decorado por ilustrações produzidas pelo próprio Bevilaqua, revelando-nos outros traços de seu talento.
"Os desenhos realmente foram uma surpresa. São ricos em detalhes e possuem uma pureza visual, assim como era o amor dos dois. Dona Vitória, a única filha viva do casal, me contou que eles se conheceram na praia de Milagres, em Olinda. Amélia estava quase se afogando e Clóvis a salvou. Desse encontro, os dois se apaixonaram perdidamente, casaram em seguida, tiveram cinco filhas e foram felizes até o fim".
Uma história de amor que nos serve de exemplo em tempos onde as relações são efêmeras e, muitas vezes, virtuais. "Juro por quanto há nobre e grande, por tudo que eu amo e venero, pela honra, pela virtude, pelas crenças que se aninham em minha fronte, pela fé que me afervora a alma, por minha dignidade de homem, por tudo que possa acordar em mim um sentimento elevado, puro que te adoro, que te idolatro, que és o meu mundo e a minha glória", escreveu Clóvis Bevilaqua à sua amada esposa.
ANA CECÍLIA SOARESREPÓRTER
Muito se fala do talento de jurista do cearense Clóvis Bevilaqua (1859 - 1944). O autor do projeto do Código Civil brasileiro, escrito em 1899 e promulgado apenas em 1916, foi um intelectual dedicado, cuja obra não se deixou erodir facilmente pelo tempo.
Contudo, a maioria desconhece a personalidade romântica do jurista, o amor que devotou a sua esposa, a escritora Amélia Carolina de Freitas Bevilaqua. Clóvis a tinha como musa inspiradora, seu mundo, sua base e seu tudo. À ela escreveu diversas cartas. Numa delas fez uma confissão marcada pelo lirismo: "eu não tenho outro prazer senão escrever-lhe e ler cartas suas!".
É desse amor que transborda das linhas das velhas missivas, resistente a voracidade do tempo, que o professor e presidente da Academia Sobralense de Estudos e Letras (Asel), José Luís Lira, se dedicou para a produção do livro "De Clóvis para Amélia", que será lançado hoje às 18h30, na sede da Academia Cearense de Letras (ACL).
A obra traz nove cartas inéditas do jurista cearense para sua esposa, algumas delas contém mais de 16 páginas. Há também três depoimentos, dentre os quais se destaca a emocionante homenagem feita pela filha Vellêda, após a morte do pai.
Processo
Segundo a pesquisa que deu origem ao livro começou acidentalmente, quando um amigo realizava um documentário sobre Bevilaqua e descobriu suas cartas de amor para a esposa. "Sempre fui um admirador da obra dele, desde a época da faculdade Direito. Quando meu amigo contou sobre as cartas, não pensei duas vezes: sabia que tinha diante de mim um material inédito e revelador sobre Clóvis".
Após o contato inicial com a neta do jurista, Maria Teresa, o professor viajou ao Rio de Janeiro e lá teve contato com a responsável pelo acervo, Maria Cecília, outra neta de Bevilaqua. "No dia 8 de setembro deste ano, encontrei-me com elas. Vi e fotografei todo o material. Lembro que não dormi naquela noite, fiquei acordado lendo as correspondências. Embora tenha me surpreendido em saber da existência das cartas, não foi surpresa a vívida declaração de amor, pois quando quis levar sua mulher para a Academia Brasileira de Letras, e esta vetou sua candidatura, por ser mulher, Clóvis se afastou da instituição. Amélia era a vida dele", ressalta.
As cartas foram escritas entre maio de 1882 e agosto de 1891. A grafia dos textos estão repletas de costumes e expressões da época. Lira conta que, apesar de ter sido feita a atualização para o português atual, algumas palavras necessitam de consulta para um entendimento completo. As palavras que caíram em desuso apresentam em notas indicações sinonímicas no livro; as que estão em outros idiomas foram traduzidas.
"Na maioria das cartas aqui transcritas, Clóvis e Amélia ainda não eram casados. Era uma forma de namorar (por carta), visto que Clóvis era estudante em Recife e ela morava em São Luís, no Maranhão. Em outras, já eram casados, e compunham uma espécie de álbum em comemoração ao aniversário dela", explica o organizador.
O professor comenta que foi Amélia que guardou estas cartas e que talvez ela tenha destruído as que escreveu. "Espero que eu esteja errado quanto ao destino das cartas de Amélia e que um dia outro pesquisador encontre-as e faça uma publicação. No mundo da pesquisa, tudo é possível", diz.
Em algumas correspondências, Lira tece pequenos comentários para melhor compreensão do leitor, junto a apresentação de breves biografias do jurista e sua esposa. O livro, moldado numa bela edição, onde cada detalhe faz referência à ideia de carta, é decorado por ilustrações produzidas pelo próprio Bevilaqua, revelando-nos outros traços de seu talento.
"Os desenhos realmente foram uma surpresa. São ricos em detalhes e possuem uma pureza visual, assim como era o amor dos dois. Dona Vitória, a única filha viva do casal, me contou que eles se conheceram na praia de Milagres, em Olinda. Amélia estava quase se afogando e Clóvis a salvou. Desse encontro, os dois se apaixonaram perdidamente, casaram em seguida, tiveram cinco filhas e foram felizes até o fim".
Uma história de amor que nos serve de exemplo em tempos onde as relações são efêmeras e, muitas vezes, virtuais. "Juro por quanto há nobre e grande, por tudo que eu amo e venero, pela honra, pela virtude, pelas crenças que se aninham em minha fronte, pela fé que me afervora a alma, por minha dignidade de homem, por tudo que possa acordar em mim um sentimento elevado, puro que te adoro, que te idolatro, que és o meu mundo e a minha glória", escreveu Clóvis Bevilaqua à sua amada esposa.
ANA CECÍLIA SOARESREPÓRTER
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
José Luís Lira lança "De Clóvis para Amélia"
José Luís Lira lança "De Clóvis para Amélia"
A correspondência inédita do jurista Clóvis Beviláquia pra sua mulher, a escritora Amélia de Freitas Beviláqua, é apresentada pelo advogado e acadêmico José Luís Lira no livro “De Clóvis para Amélia”, a ser lançado no próximo dia 9, na Academia Cearense de Letras. A publicação, coeditada pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e pela Academia Sobralense de Estudos e Letras (ASEL), presenteia os leitores com ilustrações e fotografias.
O autor e a obra serão apresentados pelo jurista Cid Sabóia de Carvalho. O advogado José Luís é doutorando em Direito pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora, em Buenos Aires; professor efetivo do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Vale do Acaraú (UVA); pertence a inúmeras entidades culturais, tendo fundado a Academia Fortalezense de Letras e a Academia Brasileira de Hagiologia, sendo presidente da Academia Sobralense de Estudos e Letras. “De Clóvis para Amélia” é o 16° livro de José Luís Lira.
A obra será lançada também na cidade de Sobral. O evento ocorrerá no dia 14 de dezembro, no auditório central da UVA. Na ocasião, o autor e obra serão apresentados pelo historiador Alênio Alencar.
Serviço:
9 de dezembro de 2011.
Horário: 18h30min.
Local: Academia Cearense de Letras (Palácio da Luz) - Rua do Rosário, 1 - Fortaleza
14 de dezembro de 2011.
Horário: 19h.
Local: Auditório Central da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) - Av. da Universidade, 850 - Sobral.
Fonte: site da OAB-CE -
Assinar:
Postagens (Atom)