Luciano Arruda Sócio Honorário da ASEL
Atendendo indicações dos Acadêmicos José Luís Lira e Valdeci Vaconcelos, subscritas pela Acadêmica Tereza Ramos, a Academia Sobralense de Estudos e Letras aprovou, por unanimidade, o nome do Promotor de Justiça, Advogado e Professor Universitário
LUCIANO DE
ARRUDA COELHO para Sócio Honorário da ASEL, na Sessão realizada no dia 12 de abril de 2011. A homenagem será prestada em data a ser acertada com o futuro Acadêmico Honorário.
Os Acadêmicos José Portella Netto (decano da Academia), Jerônimo Torres, Edison Almeida, Edinardo Silveira, Valdeci Vasconcelos, João Ambrósio, Edvar Costa, Arnaud Cavalcante, Rebeca Viana, José Luís Lira e Dimas Carvalho, presentes à Sessão aplaudiram a iniciativa, destacando o grande contributo do homenageado à Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, desde a elaboração da Lei de Criação da UVA, a sua participação nos seus Conselhos Superiores e, ainda, a atuação de Luciano Arruda no Rotary Club de Sobral e a contribuição dele para o desenvolvimento do nosso Município.
Palestra na Academia Sobralense de Estudos e Letras
Na semana que antecede a Semana Santa, celebrada em todo o mundo pelos Cristãos, no dia 12 de abril de 2011, o Acadêmico e Professor Universitário Dimas Carvalho, mestre em Literatura, ministrou palestra com o tema “Infieis: A Cristandade Contra o Islã”, baseado no livro homônimo de Andrew Whwatcroft.
Com a presença dos Acadêmicos José Portella Netto (decano da Academia), Jerônimo Torres, Edison Almeida, Edinardo Silveira, Valdeci Vasconcelos, João Ambrósio, Edvar Costa, Arnaud Cavalcante, Rebeca Viana, José Luís Lira e convidados, com destaque para o Dr. Chico Prado, o Prof. Aurélio Ponte Filho, o universitário Daniel Coutinho (vencedor do Prêmio Jáder de Carvalho da SECULT/CE com o romance O Senhor Irineu), entre outros, Dimas Carvalho apresentou uma rica abordagem sobre a origem e a evolução da guerra multissecular que existe entre cristãos e muçulmanos, detendo-se especialmente na Espanha, no Oriente Médio, no Norte da África e nos Balcãs, regiões onde o fenômeno tomou suas formas mais agudas. O confronto, iniciado em 632, estende-se até a atualidade e seus desdobramentos são imprevisíveis. Um tema que vem do passado, perpassa o presente e projeta-se no futuro, dizendo respeito a cada um de nós.
A palestra foi aberta ao público e teve início às 19h30min do dia 12 de abirl de 2011, na sede da ASEL, no Memorial da Educação Superior de Sobral – MESS, situado na Av. Dr. Guarany, 535 – Sobral – CE.
Sinopse do Livro
No ano de 638, o patriarca ortodoxo de Jerusalém qualificou de abominação aos olhos de Deus a presença do califa muçulmano na igreja do Santo Sepulcro. Desde esse primeiro contato, cristãos e muçulmanos têm encarado uns aos outros com desconfiança.
O livro esquadrinha a longa história dessa conturbada relação. Sugere que ódio não é instinto, mas uma atitude encorajada e aprendida através de muitos séculos. Durante esses séculos, o antagonismo foi inflamado pela palavra escrita – por meio da imprensa – e pelo poder da voz humana. Nutriu-se de sugestões sutis e insidiosas em pinturas, desenhos e gravuras. Essa batalha ainda está travada, hoje, por intermédio de jornais, revistas e livros, da televisão, do rádio e da internet. O exame de Andrew Wheatcroft assume uma nova linha. O autor se concentra minuciosamente nas três áreas em que muçulmanos, cristãos e judeus viveram juntos por longos períodos: a Espanha, o levante e os Balcãs.
O padrão do ódio era similar, mas não idêntico em cada caso. Na Espanha, primeiro os judeus e depois os descendentes dos mouros foram por fim expulsos – porque esses “estrangeiros” passaram a ser temidos como contaminadores da “Sacra Espanha”. No levante, a intervenção dos cruzados reavivou as ideias de jihad, ou guerra pela fé, há muito latentes entre os muçulmanos. Nos Balcãs, reminiscências distantes, relembradas, registradas disseminadas tornaram-se o estímulo para atrocidades no século XX.
Agora, no século XXI, teve início um novo ciclo: mais uma vez, opiniões formadas há muito tempo estão ressurgindo. Não se estabelecem analogias fáceis entre aqueles dias distantes e nosso presente, porém os leitores hão de fazer suas próprias associações. Infiéis é um livro importante e que prende a atenção porque vivemos em tempos terríveis, pelo menos em parte em consequência dessas falsas e “resgatadas” lembranças de um passado há muito tempo morto.